segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sempre te amo

Nós duas tivemos anos de convívio atribulado. Nunca acreditei que a culpa fosse sua. E, pra me tirar qualquer peso dos ombros, também jamais considerei que ela pudesse ser minha.

Eu sempre soube – e o tempo e a maturidade só confirmaram isso – que a nossa dificuldade de comunicação sempre se deveu ao fato de sermos tão parecidas.

Não é que pensássemos igualmente – e era daí que surgiam as diferenças. Era a notável semelhança no jeito de ser e agir. A personalidade forte, o “nariz empinado” e a segurança é que faziam com que nos enfrentássemos com a mesma garra e energia. Uma sempre almejando incutir na outra os próprios pensamentos e convicções.

Eu sou a “sua cara”, tia. Somos tão parecidas e isso nos colocou tão distantes.

Mas eu sempre te admirei. “É a minha tia mais inteligente. É aquela que ama demais a família, mas tem força suficiente para viver longe do seu aconchego em busca dos objetivos. Lindos objetivos: sucesso na carreira, liberdade, independência, experiência, felicidade...”. Era o que eu tanto repetia aos meus amigos.

Eu também te critiquei: “É a minha tia mais difícil de lidar...” Engraçado foi perceber, pouco a pouco, que tudo aquilo que mais me incomodava em você eram os seus defeitos mais parecidos com os meus. Eram os meus defeitos refletidos em você.

Desculpe-me pelas tantas discussões, que nunca levaram a nada... Eu sempre te amei. Sempre te amo.



Um comentário:

Carolina Vilela disse...

Olá, mulher. Pus um link desse seu balaio lá no meu blog Costurando. Espero visitas suas lá tb, apesar de que eu tenho tudo pouco tempo pra atualizar.

bjs