domingo, 28 de setembro de 2008



“Há um tal prazer nos bosques inexplorados;
Há uma tal beleza na praia solitária;
Há uma sociedade que ninguém invade
Perto do mar profundo e da música do seu bramir:
Não que eu ame menos o homem,
Mas amo mais a Natureza.”

Lord Byron


sábado, 27 de setembro de 2008

Apaixonar-se é se arriscar

Não creio que haja relação mais arriscada que aquela existente entre dois apaixonados. No início, os encontros costumam ser um sonho. Descobre-se um pouco mais sobre o parceiro diariamente. É uma delícia entrar, devagar, um na vida do outro. Há tantos mistérios, tanta magia, tanto a ser vivido! A paixão invade a vida de ambos e muda a rotina e os hábitos. Um vive pelo outro, respira o outro. Há uma sede em entender aquela pessoa, descobri-la e, acima de tudo, conquistá-la. É importante que ela sinta o mesmo desejo, a mesma paixão. Assim ninguém está sozinho. Cada um expõe o seu melhor lado, as suas qualidades, todo o carinho e o romantismo que tem para oferecer e o fará com fartura. Dia a dia vê-se que ambos se envolveram e decidiram compartilhar sonhos, expectativas, experiências, intimidades e a própria vida.
Não demora muito para aquelas pessoas, que outrora nem se conheciam, se tornarem tão importantes uma para a outra que, mais que namoradas, elas se tornam grandes amigas. Afinal, é aquela pessoa quem mais participa de tudo o que cerca a vida do outro, é com ela que as idéias são trocadas e os problemas são divididos, é ela quem dá consolo quando algo não vai bem, é com ela que se deseja passar a maior parte do tempo livre.
O tempo transforma dois em quase um. E isso traz uma satisfação muito grande. Sentimos que estamos completos e protegidos. Sentimo-nos confortáveis. A relação gostosa abre espaço para o compartilhamento, cada dia mais intenso, de muitas coisas que um dia foram tão particulares. Compartilham-se os dias, a casa, o quarto, a cama, os planos, os medos, as alegrias, o certo, o incerto, tudo. À medida que a relação fica mais séria e duradoura, mais a vida de um se torna a do outro.
Entretanto, o tempo trás também problemas. E, mais que nunca parceiros e cúmplices, o casal tem que aprender a lidar com os infortúnios e adversidades que vão surgindo. Deve-se saber lidar com a rotina, com os defeitos do outro, com os tantos e diferentes transtornos que fatalmente acontecem.
Alguns casais aprendem a lidar com os tropeços ao longo do caminho e até crescem com eles. Mas infelizmente a maioria dos enamorados se enfraquece a cada dificuldade que surge. Enfrentam um, outro e mais outro. Mas logo estão cansados demais. A cobrança de um com o outro surge implacável. E também muitas implicâncias. Muitas vezes aquela característica que encantava no início do relacionamento, hoje incomoda. Aquele defeito engraçadinho que fazia esboçar um sorriso no rosto, hoje irrita. As novidades foram substituídas pela rotina maçante. Pequenas discussões logo se tornam brigas sérias e os problemas tendem a crescer gradativamente, pois vão ficando sem resolução.
Um dia se olham e não mais se reconhecem. Sentem tanta falta um do outro e dos momentos em que eram felizes, mas o outro não parece estar mais ali. Em busca daquela felicidade vital que um dia já sentiram, os não mais apaixonados muitas vezes se afastam. E saem à procura de talvez um outro alguém que possa assumir o papel desempenhado de forma brilhante pelo velho parceiro, no início do relacionamento. Mas é quando se vêem mais perdidos. Porque devem abrir mão de uma pessoa que invadiu a vida, marcou presença e deixou rastros da estada em todos os lugares para onde se olhar. Mas principalmente dentro do coração. E abrir mão da presença cotidiana de alguém que um dia proporcionou tamanha satisfação, torna-se uma luta árdua. Ainda que se entenda que o momento do amor já passou.


domingo, 21 de setembro de 2008

Minha Nova Paixão

The Lake House