sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Falta

Esta música me faz pensar em você. Lembro-me do som tocando alto e de você com os olhos cerrados, apenas curtindo aquele seu momento. Instante de pura quietude. Você em sua própria companhia vivendo uma solidão repleta de paz e emoção.

A música soa e eu fico pensando por quanto tempo ainda terei sua imagem assim tão nítida visitando meus pensamentos. Mas o tempo vai acabar levando você para longe. Cada vez mais. E essa imagem pode ficar turva um dia.

Sua ausência me faz perceber que, cada dia que passar, mais ausências eu viverei. Mais faltas eu suportarei. E assim será até o dia em que eu mesma faltar.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A sorte me deixou em xeque-mate






Vou subir numa montanha bem alta,

vou chorar, gritar, xingar até ficar exausta!









segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Meus pacientes...



(Lizzie, filha da Tânia e do Léo, pointer, fêmea, 3 meses de idade e... MUITO moleca!!!)

...tornam a minha vida especial!



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Felizes para sempre


Eu fui enganada.
“Se você é aplicado no estudo, terá um bom emprego”. “Se é uma pessoa honesta, fará sempre bons negócios porque será crível”. “Se você se esforça no trabalho, será recompensado”. Convenhamos... mentiras! A vida não é bem assim... Não queira me convencer disso. Não digo, em hipótese alguma, que você não deva ser uma pessoa esforçada, trabalhadora e íntegra, mas isso não é necessariamente a chave para o seu sucesso e prosperidade. Ponto final. Essa lição eu já aprendi.
Entretanto, até outro dia eu ainda me empenhava em acreditar no tal “felizes para sempre” dos contos de fadas. Ainda mais eu, que passei – passo ainda – a vida procurando por meu “príncipe encantado”. Mas a história também é outra, mesmo nessa área que a gente quer tanto que seja imaculada e legítima. O companheiro de hoje pode fatalmente se transformar no carrasco de amanhã. E, às vezes, antes mesmo que você se dê conta, já estará literalmente dormido com o inimigo.
Casais iniciam um relacionamento com olhar apaixonado, enxergando com clareza todas as qualidades que seu alvo de admiração oferece. Não é difícil flagrar sorrisos nos rostos dos amantes. E todas as (até então) pequenas falhas do parceiro são perdoadas. Essas falhas são inclusive encaradas com bom humor e afeto pelo companheiro.
Mas o tempo passa.
Um dia os amantes são levados a perceber e a entender que a paixão que sentiam não está mais presente. As qualidades de ontem tornam-se meras obrigações de agora. E os tais defeitinhos divertidos que existiam são o abismo que impõe a separação do casal.
Se no transcorrer do tempo que aparta a fantasia (do ontem) da realidade (do agora) não há a construção de sentimentos mais genuínos e sólidos como o amor e a amizade, um dia os casais acordarão se estranhando e se malquerendo. E não é difícil a instauração de uma guerra entre eles. O pior é que os ex-apaixonados se verão lutando com alguém que conhece todos as suas inseguranças e fraquezas e sabe exatamente o que fazer para ferir. E não hesitará em causar os mais maléficos danos. Seus segredos serão revelados. Suas falhas, apontadas. Suas feridas, agredidas. As qualidades, desdenhadas.
Como não concluir o perigo que é se entregar para alguém que pode se tornar o seu mais valioso companheiro, mas também o seu rival mais belicoso? Mas como viver uma vida plena sem essa entrega?
Eu ainda acredito no amor. No amor. Mas agora eu condeno a paixão. E é amedrontador pensar que para alcançar a plenitude do amor eu tenha que percorrer a instabilidade de uma paixão.