domingo, 28 de dezembro de 2008

Um Zouk...




Ao meu prof. Érico, obrigada por me ensinar o que hoje eu sei!



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Passado é Passado

São tolas as pessoas que ignoram o passado e vivem o presente olhando apenas para frente. O passado é um sábio professor, capaz de nos transmitir lições fundamentais para tomarmos as decisões acertadas, seja hoje, seja no futuro.

Entretanto, são tolas também as pessoas que se agarram ao passado como se ele ainda pertencesse ao agora. “O que passou, passou”, já dizia Toquinho. Boas ou más experiências de outrora hoje apenas nos servem como lembranças ou ensinamentos.

O passado é como aquele livro que podemos ler ou a pintura de um quadro que admiramos. Está ali, podemos vê-lo e interpretá-lo, mas não pertencemos a ele. A verdade é que ele é que nos pertence.

Invocar o passado e acreditar que ainda podemos vivê-lo é deixar de aproveitar o momento agora. Mais: deixar de viver o presente por causa de momentos passados é abrir mão de experiências que podem ser muito gratificantes.



domingo, 30 de novembro de 2008

Uma relação especial

Eu estou achando as pessoas, hoje em dia, muito pouco interessantes. Não que eu seja muito especial, mas as conversas são um pouco previsíveis, os comentários também. Se alguém faz uma ironia, uma piadinha qualquer, há sempre um plantonista do politicamente correto para fazer um ar de "não gostei".
No meio deste marasmo, sem sal nem açúcar, há um lugar muito especial para alguém que tem a boca suja, mente ligeira, raciocínio sagaz, língua afiada. Coração apertado, dúvidas atrozes, desejos a mil. Ou seja, um sopro de vida no meio da minha rotina. E esta vida, hoje, completa mais um ano. Quantos anos ela tem? Só Deus sabe! E espero que sejam muitos para me ajudar a vencer esta árdua tarefa que é viver. Com ela, a vida ganha um sentido mais colorido; pode até ir do cinza ao arco íris, mas tem cor!
Temos uma relação de amor profundo que ultrapassa as convenções sociais. As pessoas não entendem, e eu entendo: não é comum duas pessoas saberem dos defeitos um do outro, já terem brigado, se amado, discutido, divagado, sofrido, sonhado... e mesmo assim se querer bem. Aliás, isso é o que eu mais quero: querer bem a ela.
Se Deus existe mesmo, ele foi legal comigo, porque me fez conhecê-la. Se a sorte está do meu lado, ela dividiu seus afazeres com esta pessoa que me traz a fortuna de dizer que eu tenho alguém que realmente me quer bem.
Não vou ser cruel e pedir para você ser feliz na vida, porque esta busca é insana e impossível de obter. Mas viva a vida, apesar de tudo e todos e seus momentos de alegrias vão ser muitos. Faça deste momento, o próximo a você sentir saudades. Continue do meu lado e eu te darei um amigo fiel e leal.
Te amo batantão, viu Lívia!


Rodrigo J. N. Pinto



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Deliciosa e Inesquecível Oportunidade


Abri os olhos, não consigo mais fechar.



Uma conversa

Muitas pessoas participaram direta e ativamente da minha criação. No final das contas, a verdade é que eu tive muitos pais e muitas mães. Uns desses tantos pais que tive foram os meus avós. Agora, imagine: se a convivência entre pais e filhos pode ser tão complicada devido à distância e à divergência entre as gerações, o que dirá o convívio entre avós e neta? E se eu acrescentar que o meu avô é militar, rigoroso, forte e determinado? Será possível entender que grande (a maior) parte da minha vida foi vivida sob regras rígidas e inflexíveis. Ponto final.

Passei anos - desde muito nova, confesso - sonhando com uma liberdade que eu mesma desconhecia como seria. Mas eu a desejei intensamente e lutei com unhas e dentes por ela. Tempos delicados aqueles de luta.

O fato é que eu recebi o tão cobiçado prêmio pelo qual tanto lutei e me vi, enfim e felizmente, livre!

Passei a levar a minha vida de acordo com as minhas vontades. E apenas com as minhas vontades! Tudo agora deveria ser como eu bem queria!

Havia muito do que eu desejava fazer. Eu tinha inúmeros planos colecionados. E rigorosamente pretendia colocá-los todos em prática. As proibições de outrora eram agora consentidas por mim.

Entretanto, hoje eu enxergo um problema: se é verdade que eu me libertei do cárcere imposto pela minha educação severa, é também verdade que eu me aprisionei em outro que eu mesma construí pra mim, sem me dar conta disso.

Como eu havia dito, tudo deveria acontecer de acordo com o que eu desejava, dali em diante. E eu não pensava em permitir que fosse diferente. Assumi (ou tentei, na verdade) o domínio das coisas e descobri que tudo aquilo que fugia ao meu controle, me deixava decepcionada, irritada ou frustrada. Meus planos - dos mais simples e corriqueiros aos mais complexos - eram rígidos e inflexíveis (como eram aqueles aos quais um dia me sujeitei). Sem notar, boicotei muitos sonhos e experiências válidos pelo simples fato de eles não estarem seguindo integramente o caminho (reto) que eu havia traçado. Abri mão do que era “torto”, sem nem ao menos me permitir experimentá-lo. Me aprisionei. A maioria dos caminhos que percorremos ao longo da vida não são nem retos, nem perfeitos e nossas experiências, em geral, não saem exatamente como planejadas. Se eu abdicava disso, vivia de que? Desapontamentos, claro.

A maravilha da vida é que as pessoas estão sempre mudando. Essa é, sem dúvida, uma certeza: estamos em transformação o tempo todo. Hoje sou capaz de enxergar a prisão que eu construí pra mim e, sendo assim, sou também capaz de destruí-la! E que incrível prazer poder dizer que estou com minhas marretas em punho, com o coração acelerado e já me sinto livre de mim!

Hoje sinto uma vontade enorme de correr o mundo, de conhecer tudo, de saber das coisas, descobrir pessoas, visitar lugares, ler livros, explorar tudo o que a vida me oferece. Estou preparada para me entregar a experiências jamais vividas, "retas" ou "tortas".


terça-feira, 4 de novembro de 2008




"Não quero medir a altura do tombo."



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Liberdade

Nesse blog eu já postei algumas palavras de um escritor que me foi apresentado há alguns bons anos e que eu rapidamente aprendi a respeitar:


“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.”

(Rubem Alves)


Estava pensando que bonita é a liberdade. Mas, apesar de bonita, amedrontadora. Porque o ser que é livre pode ficar, mas também pode ir. E, quando gostamos de algo ou quando algo nos faz bem, pensamos logo em tomá-lo para nós. Guardá-lo, escondidinho, garantindo que ele nunca se vá. Que fique e nos faça bem. Nos alegre. Porém, mais gratificante do que ter o alvo de desejo aprisionado, é tê-lo livre. Porque, quando ele está liberto, sabemos que ele só está ali ao nosso lado por pura vontade própria. E isso sim é maravilhoso! Que incrível saber que aquele ser admirável deseja que também nós estejamos por perto! Quando aprisionamos, nos consumimos porque não mais sabemos se somos desejados ou se nos impomos simplesmente.

Libertar é difícil. Mas é enaltecedor. Quero sempre ter a coragem de libertar porque saberei que aquele que ficar, o fará por prazer e é isso que me deixará feliz e orgulhosa por ser querida.




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Borboletando



"O que a memória ama fica eterno."
Rubem Alves



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Reflita

As pessoas geralmente têm grande facilidade em “taxar” outras pessoas baseadas, muitas vezes, em rápidas impressões ou informações superficiais e escassas. Quem ainda não cometeu o erro deselegante de classificar alguém como “antipático”, “arrogante” ou “metido” (dentre tantas outras denominações em geral negativas) tendo como base um breve encontro ou, ainda pior, uma simples análise à distância e não descobriu, a seu devido tempo, que estava enganado?

Isso é extremamente comum, infelizmente, e pode causar males às “vítimas” que os próprios “agressores” desconhecem.

A verdade é que realmente devemos tratar o outro da maneira como gostaríamos de ser tratados. Isso resolveria muitos conflitos e problemas.

Não é nosso papel julgar pessoas, mas se não conseguimos abrir mão desse “direito”, que pelo menos o façamos sem tamanha leviandade. Basear-se, como disse, em simples suposições ou informações insuficientes é apostar na probabilidade de erro.

Na falta da certeza em relação à assertiva, calar-se é a alternativa mais sábia.




sexta-feira, 10 de outubro de 2008

And Now You're Mine






And now you're mine. Rest with your dream in my dream.
Love and pain and work should all sleep, now.
The night turns on its invisible wheels,
and you are pure beside me as a sleeping amber.

No one else, Love, will sleep in my dreams. You will go,
we will go together, over the waters of time.
No one else will travel through the shadows with me,
only you, evergreen, ever sun, ever moon.

Your hands have already opened their delicate fists
and let their soft drifting signs drop away; your eyes closed like two gray
wings, and I move

after, following the folding water you carry, that carries
me away. The night, the world, the wind spin out their destiny.
Without you, I am your dream, only that, and that is all.


Pablo Neruda


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Você

Há muitos anos nos conhecemos, mas preciso lhe dizer que não fiquei feliz em lhe encontrar. Jamais me esquecerei de quão intensa foi a sua presença na minha vida desde o primeiro momento em que nos fomos apresentados. E também como incomodada eu fiquei com cada aproximação sua.

Você esteve sempre ali a me cercar. Entrava e saía ano, você sempre deu um jeito de aparecer. Nem sei mais dizer quantas vezes eu ordenei para que você fosse embora e me deixasse livre. Já esbravejei com você, já chorei por você, já gritei e lhe insultei. Mas nunca nada disso foi suficiente para fazê-lo desaparecer enfim.

Amaldiçoei a sua existência inúmeras vezes e amaldiçoada acreditei que eu estivesse porque nunca consegui que efetivamente você me deixasse. Você fez sempre parte de mim e da minha vida. Ironicamente, esteve comigo em momentos importantes e inesquecíveis. Segurou com firmeza a minha mão e me fez companhia quando eu perdi amigos queridos. Ofereceu-me o ombro generosamente a cada descompasso que eu vivenciei. Ninguém esteve tão perto de mim como você esteve, cada vez que eu fracassei. E, apesar de toda a sua dedicação por mim, tudo o que eu rogava era que você sumisse!

Você seria capaz de se lembrar das vezes em que cruelmente debochou de mim? Pois eu me lembro de cada uma delas. É bem provável que você já tenha se esquecido. Dizem que as marcas ficam é naquele que padece. Em momentos em que eu depositei toda a minha crença em um projeto, uma parceria, uma vitória ou um amor e fatalmente fracassei, era a sua gargalhada sádica que me torturava. Era nítido que você se divertia com a minha aflição. E também por isso o odiei.

Entretanto, hoje eu preciso confessar-lhe algo. Foi preciso uma boa dose de maturidade e percepção para que eu pudesse constatar - com espanto - o que eu devo lhe dizer agora: apesar de a vida ser sempre muito melhor e mais agradável sem que você apareça e embora eu me sinta tão mais alegre quando você não está comigo, foi graças à imposição dos seus ensinamentos que eu aprendi a crescer. Foi por sua causa que eu precisei me fortalecer e encarar os desafios de frente e com firmeza. Aprendi a enxugar as lágrimas, a me reerguer, a recomeçar, a enfrentar. Aprendi, inclusive, a vencer. E é por tudo isso que eu hoje te agradeço, sofrimento.


domingo, 28 de setembro de 2008



“Há um tal prazer nos bosques inexplorados;
Há uma tal beleza na praia solitária;
Há uma sociedade que ninguém invade
Perto do mar profundo e da música do seu bramir:
Não que eu ame menos o homem,
Mas amo mais a Natureza.”

Lord Byron


sábado, 27 de setembro de 2008

Apaixonar-se é se arriscar

Não creio que haja relação mais arriscada que aquela existente entre dois apaixonados. No início, os encontros costumam ser um sonho. Descobre-se um pouco mais sobre o parceiro diariamente. É uma delícia entrar, devagar, um na vida do outro. Há tantos mistérios, tanta magia, tanto a ser vivido! A paixão invade a vida de ambos e muda a rotina e os hábitos. Um vive pelo outro, respira o outro. Há uma sede em entender aquela pessoa, descobri-la e, acima de tudo, conquistá-la. É importante que ela sinta o mesmo desejo, a mesma paixão. Assim ninguém está sozinho. Cada um expõe o seu melhor lado, as suas qualidades, todo o carinho e o romantismo que tem para oferecer e o fará com fartura. Dia a dia vê-se que ambos se envolveram e decidiram compartilhar sonhos, expectativas, experiências, intimidades e a própria vida.
Não demora muito para aquelas pessoas, que outrora nem se conheciam, se tornarem tão importantes uma para a outra que, mais que namoradas, elas se tornam grandes amigas. Afinal, é aquela pessoa quem mais participa de tudo o que cerca a vida do outro, é com ela que as idéias são trocadas e os problemas são divididos, é ela quem dá consolo quando algo não vai bem, é com ela que se deseja passar a maior parte do tempo livre.
O tempo transforma dois em quase um. E isso traz uma satisfação muito grande. Sentimos que estamos completos e protegidos. Sentimo-nos confortáveis. A relação gostosa abre espaço para o compartilhamento, cada dia mais intenso, de muitas coisas que um dia foram tão particulares. Compartilham-se os dias, a casa, o quarto, a cama, os planos, os medos, as alegrias, o certo, o incerto, tudo. À medida que a relação fica mais séria e duradoura, mais a vida de um se torna a do outro.
Entretanto, o tempo trás também problemas. E, mais que nunca parceiros e cúmplices, o casal tem que aprender a lidar com os infortúnios e adversidades que vão surgindo. Deve-se saber lidar com a rotina, com os defeitos do outro, com os tantos e diferentes transtornos que fatalmente acontecem.
Alguns casais aprendem a lidar com os tropeços ao longo do caminho e até crescem com eles. Mas infelizmente a maioria dos enamorados se enfraquece a cada dificuldade que surge. Enfrentam um, outro e mais outro. Mas logo estão cansados demais. A cobrança de um com o outro surge implacável. E também muitas implicâncias. Muitas vezes aquela característica que encantava no início do relacionamento, hoje incomoda. Aquele defeito engraçadinho que fazia esboçar um sorriso no rosto, hoje irrita. As novidades foram substituídas pela rotina maçante. Pequenas discussões logo se tornam brigas sérias e os problemas tendem a crescer gradativamente, pois vão ficando sem resolução.
Um dia se olham e não mais se reconhecem. Sentem tanta falta um do outro e dos momentos em que eram felizes, mas o outro não parece estar mais ali. Em busca daquela felicidade vital que um dia já sentiram, os não mais apaixonados muitas vezes se afastam. E saem à procura de talvez um outro alguém que possa assumir o papel desempenhado de forma brilhante pelo velho parceiro, no início do relacionamento. Mas é quando se vêem mais perdidos. Porque devem abrir mão de uma pessoa que invadiu a vida, marcou presença e deixou rastros da estada em todos os lugares para onde se olhar. Mas principalmente dentro do coração. E abrir mão da presença cotidiana de alguém que um dia proporcionou tamanha satisfação, torna-se uma luta árdua. Ainda que se entenda que o momento do amor já passou.


domingo, 21 de setembro de 2008

Minha Nova Paixão

The Lake House




segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chove


"Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove e chove"



segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um Tango

Olhe bem para ela e me diga o que você vê.


Mistério.


Mas há algo ali tão claro.


Tristeza.


Não seria uma aflição?


Não duvidaria.


Qual a dança que ela dança?


Um Tango.


Marcado. Compassado. Seco. Quadrado.


Sublime e Melancólico.


Apaixonado também. Percebe a agonia da música?


É quase um grito. É um grito que deseja sair, mas sufoca. Luta e se debate.


Mas está aprisionado.


Ela se parece muito com a música que ela dança. Elas se combinam.


Se completam.


Não é a alegria que as move. Nem à música, nem à dançarina.


Percebeu que ela sorri?


É o sorriso mais triste que eu já vi.





quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pra Você Eu Digo Sim

"Se eu me apaixonar, vê se não vai debochar da minha confusão
Uma vez me apaixonei e não foi o que pensei
Estou só desde então...

Se eu me entregar total
Meu medo é você pensar que eu sou superficial
Se eu não fizer amor, assim sem mais
Se você brigar e for correndo atrás de alguém
Não vou suportar a dor
De ver que eu perdi mais uma vez meu amor

Mas se eu sentir que nós estamos juntos
Longe ou à sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois, mais ninguém

Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim
Pra você eu digo sim!"

Rita Lee


domingo, 13 de abril de 2008

Minha Flor

Era fácil perceber o tamanho do seu amor por mim. Você demonstrava sem medo. O tempo todo. Sem hesitar.
Você se fez minha e, com seu jeitinho carinhoso, me tomou pra você. E eu me tornei sua.
Então passou a ser fácil notar o tamanho do meu amor por você.
Amor mútuo. Leal. Honesto. Genuíno.
Amor verdadeiro.
Meu por você...
Seu por mim...


Margarida.


Me desculpe se não fiquei ao seu lado até o último instante...
Eu não sabia.
Me desculpe se não fui capaz de te dar outra chance...
Eu não sabia, meu bem, que você estava indo embora. Tão cedo...
Eu achava que você ainda ficaria ao meu lado por muito mais tempo. Eu não previa uma separação. Ainda mais assim, definitiva.
Se eu soubesse, flor...
Ficaria até o último momento, com certeza. Te segurando forte em meus braços e te confortando.
Se eu soubesse, flor...
Lutaria contra o destino pra te salvar.
Me perdoe se eu não notei que você ia me deixar. Me perdoe se eu não fui capaz de impedir...
Eu não sabia...


sábado, 12 de abril de 2008

Um dia te levo comigo


Subo e desço as escadas várias vezes por dia, num corre-corre sem descanso. Há sempre muita coisa pra fazer. Mas ao meu lado ela está o tempo todo. Espertinha a me acompanhar. Subindo e descendo comigo, andando de um lado pro outro, quantas vezes forem necessárias.
Num momento de sossego, eu posso me sentar. Ao meu lado, sem dúvida, ela está. E aproveita a oportunidade para descansar. E até dormir, se der tempo.
Mas se eu me levanto, ligeira ela se levanta também. Disposta a me escoltar aonde quer que eu vá.
Num momento de amor explícito e desavergonhado, eu a enlaço em meus braços. Noto o brilho intenso dos seus olhos atentos em mim.
Seus carinhos serão sempre muito bem recebidos por mim. Eu sou carente como ela e, enquanto estamos juntas, nos completamos. E, certamente, não precisamos de mais nada.
A hora de voltar pra casa é vista por mim com satisfação, porque é também chegada a hora do repouso. Mas deixá-la lá me incomoda muito. É difícil dizer tchau praquela que silenciosamente me pede pra ficar.
"Um dia eu te levo comigo", eu repito sempre. E acredito nisso.


Homenagem à Margarida, a cadelinha mascote da Kriar Veterinária, clínica onde trabalho.



terça-feira, 8 de abril de 2008

Triste



"Enxugue a lágrima, pare de chorar
Você vai ver que tudo vai passar...
Enxugue a lágrima, não chore mais
Olha que céu azul, azul até demais..."



segunda-feira, 7 de abril de 2008

Olhar




"Eu quero
Ser exorcizado
Pela água benta
Desse olhar infindo.

Que bom
É ser fotografado
Mas pelas retinas
Dos seus olhos lindos..."


domingo, 6 de abril de 2008

Você vai comigo


"Você vai comigo aonde eu for
Você vai bem, se vem comigo
Serei teu amigo e teu bem
Fica bem, mais fica só comigo...

Quando o sol se vai, a lua amarela
Fica colada no céu cheio de estrela
Se essa lua fosse minha
Ninguém chegava perto dela
A não ser eu e você
Ah, eu pagava pra ver
Nós dois no cavalo de ogum
Nós juntos parecendo um
Na lua, na rua, na nasa, em casa
Brasa da boca de um dragão."





Quando, quando, quando

"Every moments a day
Every day seems a lifetime
Let me show you the way
To a joy beyond compare..."





quarta-feira, 2 de abril de 2008

Reconheçamos



"Reconheçamos, estamos perdidos...
Reconheçamos, somos felizes."



sábado, 29 de março de 2008

Adeus

Um dia ela já foi uma grande aliada. Graças a ela eu fui capaz de enfrentar guerras e, muitas vezes, vencê-las. A sua força me proporcionou a estrutura de que eu tanto precisava para enfrentar os meus maiores temores e extirpá-los, um a um. Quando, por alguma razão, não podia superá-los, ela ao menos me fortalecia e me ajudava a permanecer firme. Sempre ereta. Sempre alerta. Sempre resistente.

Sua presença soberana já foi muito importante pra mim. E me orgulho por tê-la tido tantas vezes ao meu lado, impiedosa diante daqueles que pareciam querer me confrontar. Me derrotar.

Tempos passados, tempos passados...

Aquela que um dia me ofereceu vitória, hoje, ainda rígida e vigorosa, me faz encarar situações brandas e inofensivas com a mesma tenacidade de outrora. Mas, ao invés de me favorecer, me leva a engrandecer problemas tão pequenos! Aumenta o desconforto de momentos que poderiam ser resolvidos com serenidade. Destrói a minha chance de superá-los.

Ela não sabe fazer diferente...

Aquela que representava triunfo, hoje pode me fazer cair. Não devo mais contar com a sua ajuda cega. Agora é hora de deixá-la ir. É um momento difícil, pois viver sem ela é quase como recomeçar. Não sei se consigo sozinha. Mais que isso, não sei se consigo tirá-la da minha vida.

Viverei um dia de cada vez. Hoje não conto com ela. Não quero contar com ela. Apenas hoje. Se eu conseguir passar por esse dia sem permitir a sua manifestação, encararei o próximo dia. E assim levarei. Assim tentarei...


Adeus, se deus quiser, agressividade.


quinta-feira, 27 de março de 2008

So Beautiful...

Eu sou o sol

"Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela
E veja: Eu sou o Sol
Eu sou céu e mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão..."





terça-feira, 25 de março de 2008

Pois Que Venham!


"...as feridas ardem, mas não para sempre!"


quarta-feira, 19 de março de 2008

Feliz Aniversário!



"A cada aniversário que se celebrar, a vela sairá do seu lugar, cada vez menor, para ser de novo acesa, repetindo a eterna lição de que, se é verdade que a vida se apaga facilmente com o sopro de um vento, é verdade também que ela se acende de novo ao ser tocada pela chama..."

Feliz aniversário,
meu melhor amigo e meu maior presente...


terça-feira, 18 de março de 2008

18 de Março

"I wish I could carry your smile in my heart
For the times when my life seems so low
It would make me believe what tomorrow could bring
When today doesn't really know, doesn't really know."



Vô e vó

Quando as coisas parecem não estar indo bem e a vida toma um rumo estranho, o qual não esperávamos e para o qual jamais nos preparamos, eu acredito que, num primeiro momento, temos o direito de questionar, de nos abater e até de quase nos entregar. Mas esse tempo é importante para que entendamos melhor os acontecimentos, para que nos acostumemos um pouco mais com os novos fatos que nos surpreenderam e, principalmente, para que pensemos em estratégias de “contra-ataque” e reunamos forças para a luta por vir.

Esse momento pode durar dias ou meses, mas dure o quanto durar, ele é tão imensamente importante que não devemos apressá-lo, adiantá-lo. Como disse, é dele que extraímos a força para continuarmos em frente. É por isso que eu acho que não devemos nos culpar se não estamos prontos agora. Se não somos fortes agora.

No momento seguinte, é chegada a hora de “arregaçar as mangas” sem titubear e partir para uma guerra que não conhecemos e que, para o nosso martírio, não sabemos como termina. Seremos vitoriosos? Derrotados?

Mas, nessa hora, só vale lutar, lutar e lutar! Com bravura! É verdade que nesse processo ora estaremos mais fortes e valentes, ora mais fracos e sem esperanças.

E é principalmente no momento do cansaço que devemos contar com a ajuda certa: seja em Deus (se acreditamos Nele), seja nos familiares (que se colocam de prontidão para nos apoiar), seja nos verdadeiros amigos (com grandes experiências e ensinamentos), seja naquela garota atrevida e de personalidade forte do terceiro andar, que por vezes parece tão distante, tão inalcançável, tão dura.

Mas não é.

É alguém que ama vocês e que se preocupa. Sempre se preocupou e sempre amou demais.

Portanto, nesse momento inesperado e triste vocês têm em quem se apoiar.

Talvez as coisas só pareçam mesmo não estar bem e no final vocês ainda olhem para o que passou com o alívio sentido pelo que passou.



Ser Feliz Simplesmente


segunda-feira, 17 de março de 2008

She's like the wind...


... through my tree

sábado, 15 de março de 2008

Quem não se permite sonhar já está morto.
Quem apenas sonha, não vive.



segunda-feira, 10 de março de 2008

She

"She may be the face I can't forget
A trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song that summer sings
May be the chill that autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day

She may be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what she may seem
Inside her shell

She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die

She may be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough and ready years
Me I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is she"



Elvis Costello

quarta-feira, 5 de março de 2008

Te desejo bons sonhos...


"Sometimes when you lose, you win..."

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Minha singela felicidade...

Quer ver brilho nos meus olhos apesar das adversidades?
Quer ver nascer dos meus lábios o sorriso mais sincero, ainda que eu tenha todos os motivos pra chorar?
Quer sentir meu coração vibrando de emoção, não importa o quão fraca eu possa estar?
Quer saber como me comporto quando sinto a mais sublime das alegrias?


Se um dia, por qualquer que seja o motivo, eu estiver impossibilitada de ir ao encontro dos meus inocentes amores - meus tão queridos animais - por favor, traga-os até mim.

Não há nada no mundo que me concederia mais intensa felicidade, garanto. E essa seria, pra mim, a maior demonstração de carinho e prova de amor que alguém poderia me dar...


Aos que amo, prometo:

tudo farei em nome da sua felicidade.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Durma...

Cerre os seus olhos e durma, sem medo. Não tema a escuridão. Ela some assim que você se permite descansar.

Fique em paz. O seu merecido sossego lhe presenteará com as mais doces viagens e sonhos de liberdade. Eles, sim, acompanharão você enquanto dorme...

Não tema a noite. Eu posso jurar que o que virá com ela é melhor. Eu juro, então.

Aproveite; a noite lhe trará momentos mais radiosos e belos do que os que você vive hoje, durante os dias.

Tome coragem, encha os pulmões com ar puro e restaurador, feche os seus olhos com tranqüilidade e relaxe o seu corpo. Relembre aqueles lugares mais lindos onde já esteve e nos quais desejou estar por toda uma vida. É pra lá que você pode ir ao dormir. Se quiser. Poderá tudo o que quiser.

Não sinta medo. Se eu pudesse, provaria que não há necessidade. Mas você descobrirá por conta própria. Assim que se permitir. Permita-se...

Todos aqueles que amam você, lhe embalarão ternamente enquanto dorme. Livre. Como nunca esteve ou pensou que pudesse estar um dia.

Jamais (e isso eu lhe asseguro) estará sozinha...


Homenagem à minha tia Regina, infelizmente aprisionada em uma cama de hospital.



domingo, 24 de fevereiro de 2008

Se Puder Sem Medo

"Deixa o coração falar o que eu calei um dia

Deixa tudo como está e se puder, sem medo

Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo

Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande

Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo

Se o adeus demora, a dor no coração se expande

Deixa a minha insanidade é tudo que me resta

Deixa eu por à prova toda a minha resistência

Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro

Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila

Deixa a dor que eu lhe causei, agora é toda minha

Deixa tudo que eu não disse mas você sabia

Deixa o que você calou e eu tanto precisava

Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava."



sábado, 23 de fevereiro de 2008

Liberdade


"Gozava a suprema liberdade de ser absolutamenter inútil e podia me entregar aos devaneios do pensamento, sem que ninguém me cobrasse nada."

Rubem Alves


Deliciosa Irresponsabilidade


"Há uma forma suprema de felicidade que só podemos gozar quando nos entregamos à deliciosa irresponsabilidade da inutilidade"

Ruben Alves

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

My Way

"And now the end is near
And so I face the final curtain...

...I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way...

...Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption...

...I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as the tears subside
I find it all so amusing...

...To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh no, oh no, not me
I did it my way."





Sempre te amo

Nós duas tivemos anos de convívio atribulado. Nunca acreditei que a culpa fosse sua. E, pra me tirar qualquer peso dos ombros, também jamais considerei que ela pudesse ser minha.

Eu sempre soube – e o tempo e a maturidade só confirmaram isso – que a nossa dificuldade de comunicação sempre se deveu ao fato de sermos tão parecidas.

Não é que pensássemos igualmente – e era daí que surgiam as diferenças. Era a notável semelhança no jeito de ser e agir. A personalidade forte, o “nariz empinado” e a segurança é que faziam com que nos enfrentássemos com a mesma garra e energia. Uma sempre almejando incutir na outra os próprios pensamentos e convicções.

Eu sou a “sua cara”, tia. Somos tão parecidas e isso nos colocou tão distantes.

Mas eu sempre te admirei. “É a minha tia mais inteligente. É aquela que ama demais a família, mas tem força suficiente para viver longe do seu aconchego em busca dos objetivos. Lindos objetivos: sucesso na carreira, liberdade, independência, experiência, felicidade...”. Era o que eu tanto repetia aos meus amigos.

Eu também te critiquei: “É a minha tia mais difícil de lidar...” Engraçado foi perceber, pouco a pouco, que tudo aquilo que mais me incomodava em você eram os seus defeitos mais parecidos com os meus. Eram os meus defeitos refletidos em você.

Desculpe-me pelas tantas discussões, que nunca levaram a nada... Eu sempre te amei. Sempre te amo.



domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar...
Tu amas, sofres e sentes.
Dança!"

Isadora Duncan


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O Retorno E Terno

" Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar...

...O amor, por causa da liberdade, abre a mão e deixa o outro ir. "

Rubem Alves


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Dance!



Linda foto!
Momento mágico... eternizado pelo meu grande amigo
Rodrigo.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

Take A Look At Me Now

"So take a look at me now,
there's just an empty space
And there's nothing left here to remind me,
just the memory of your face.
Take a look at me now,
well there's just an empty space
And you coming back to me is against the odds
and that's what I've got to face."




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Para Sempre

Naquele dia, eles se encontrariam pra dançar. A dança era a única razão pela qual eles iriam se ver. Pelo menos era nisso que eles ainda teimavam em acreditar.

Quando ela chegou, a música e ele já a aguardavam ansiosos. Não perderam tempo com muitas palavras e começaram a dançar.

As caixas de som cantavam um Zouk delicioso. Provocante e sedutor, como todo Zouk. Com um pouco de atenção seria possível perceber que as batidas de seus corações tentavam acompanhar o ritmo bem marcado e envolvente daquela música.

Inicialmente, as mãos se tocaram. Logo em seguida os corpos unidos no mesmo embalo pareciam um só. A dança fluía livre como tem de ser. Desavergonhada. Danada.

Pra existir soberana, a dança exige total confiança entre os parceiros. E eles estavam entregues um ao outro. Enquanto dançavam, aquele homem e aquela mulher que pouco se conheciam, tornavam-se íntimos. Tornavam-se um só.

Eles já haviam dançado antes. E conheciam a magia da dança. Mas havia algo diferente naquele dia. Algo que não se podia explicar ao certo. Os corpos se buscavam mais do que de costume. A respiração parecia mais ofegante. Um frio na barriga chegava a incomodar. Havia uma sensação nova. Um gosto novo. Delicioso.

Os olhos dela insistiam em se manter fechados. Parecia que assim ela aproveitava melhor aquele momento.

Os olhos dele brilhavam. E teimavam em se fixar nela. Parecia que assim ele aproveitava melhor aquele momento.

A música foi, pouco a pouco, se distanciando deles. Era como se eles não precisassem mais dela. Ela estava bem ali a tomar conta do ambiente e qualquer um que passasse por perto daquele lugar notaria sua presença absoluta. Mas eles não mais a escutavam. Viviam agora uma dança diferente, única. Uma dança que só eles entendiam.

Cavalheiro, condutor, homem.
Havia mesmo de partir dele qualquer iniciativa mais ousada.

Dama, feminina, mulher.
Ela certamente o acompanharia. E lhe permitiria conduzí-la.

O beijo aconteceu fácil e naturalmente, porém explosivo. Eles agora viviam um misto de sensações agradáveis. E não havia motivo para aqueles lábios se desgrudarem. Homem e mulher se experimentavam. Se deliciavam. Se marcavam. Jamais se esqueceriam.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sol e Lua



Hoje
ela sente pelo tempo que não te ofereceu.
Sente pela falta de coragem de interromper o instante no qual optou por te arrancar a oportunidade de tentar.

Mais.
Por tirar de si mesma essa oportunidade.

Hoje ela paga o preço do "e se".
"E se eu tivesse tido coragem?"
"E se eu tivesse tentado?"
"E se eu tivesse nos permitido ter mais tempo?"

Ela nunca saberá. Terá de conviver com a dúvida. Provável que para sempre.
A dúvida dói, sabia?
A dúvida atormenta.
Preço alto a se pagar. Muito justo.

Mais do que nunca, sol e lua...
A esses permitido apenas uma troca de olhares...
em apenas uma breve fração de tempo...
nunca suficiente.


Muito Prazer

Rodrigo já me falou, não sei quantas vezes, que eu devia porque devia criar um blog. A razão pra isso era bem simples: "é a sua cara".
Ok, por que não tentar, não é mesmo? Não custa nada (literalmente) e eu ainda posso me divertir.

Ainda não sei qual a cara que esse espaço terá. Isso eu descobrirei com o tempo. Por enquanto fica sem cara, sem título, sem nada.

Bem vindos aqueles que decidirem se aventurar comigo. Muito prazer...