Mas há algo ali tão claro.
Tristeza.
Não seria uma aflição?
Não duvidaria.
Qual a dança que ela dança?
Um Tango.
Marcado. Compassado. Seco. Quadrado.
Sublime e Melancólico.
Apaixonado também. Percebe a agonia da música?
É quase um grito. É um grito que deseja sair, mas sufoca. Luta e se debate.
Mas está aprisionado.
Ela se parece muito com a música que ela dança. Elas se combinam.
Se completam.
Não é a alegria que as move. Nem à música, nem à dançarina.
Percebeu que ela sorri?
É o sorriso mais triste que eu já vi.
Um comentário:
Hora falamos com a voz.
Hora com nossa roupa.
Dia com nossos olhos.
Vida com nosso corpo.
Na dança berramos sons que somente alguns ouvidos conseguem escutar.
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