segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Da janela












Esta é a vista que tenho da janela do meu quarto. Essas fotos foram todas tiradas hoje, em momentos diferentes do dia. Tem chovido bastante em Belo Horizonte nessa última semana. Um convite para não fazer nada. Ficar por conta do à toa. Vou aproveitar o tempo para curtir a delícia que é simplesmente não ter nada para fazer. Afinal, após anos tão tumultuados - principalmente esse que deixei pra trás - eu posso me entregar ao prazer do ócio. Sem culpa, é o que ainda preciso me repetir. É difícil entender que, hora ou outra, eu posso, sim, me dar a esse luxo.

Acabo de me lembrar de um texto de Rubem Alves que trata exatamente disso: a arte do nada fazer, um louvor à inutilidade. E ele sabiamente diz: “há uma forma suprema de felicidade que só podemos gozar quando nos entregamos à deliciosa irresponsabilidade da inutilidade”. Pretendo por pelo menos mais alguns dias me deixar envolver por esse precioso descanso. Logo serei confrontada pelos deveres, obrigações, horários, compromissos e metas que fatalmente voltarão a fazer parte dos meus dias.

Mas agora eu preciso de um tiquinho de paz.