quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É isso mesmo?

- "Elas tinham o direito de quebrar as suas pernas quando elas quisessem."

- "Professor, você ouviu o que você acabou de dizer? Elas tinham o direito de quebrar as minhas pernas quando elas quisessem?"

- "Ouvi."

- "Essa sua frase não está soando esquisito? Elas tinham o direito de quebrar as minhas pernas quando quisessem? Você ouviu bem o que você me disse?"

- "Sim."

- "Elas tinham o DIREITO de QUEBRAR as MINHAS PERNAS quando elas quisessem?"

- "É isso mesmo."

- "Tá..."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

um dia de cada vez



"Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam
E essa abstinência uma hora vai passar"



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vida ou Morte?

Lido com a morte quase todos os dias. Sou médica-veterinária e trabalho para salvar vidas muito preciosas para mim; mas apesar de todo o esforço em prol da saúde e dom bem-estar, muitas vezes algumas doenças são bem mais poderosas do que todas as armas das quais disponho para enfrentá-las.


Eu sou uma guerreira e minha luta é feroz. Enquanto há esperança eu batalho para manter os animais vivos e bem. Faço tudo o que posso, tudo. Mas há situações em que a morte vem devagar, mas ela é certa. Eu descubro que, diante de determinado mal eu não posso nada. E, nessas horas, o trajeto vagaroso da morte pode ser agonizante para quem a espera. Antes ela chegasse depressa e destruísse logo toda a dor e sofrimento. Mas aí também eu posso atuar: com a mesma bravura e coragem, presenteio o animal com sossego e paz. Sou a favor da eutanásia em casos bem específicos em que é sabido por certo que o paciente que padece sofre apenas à espera da morte. Que não há mesmo nada o que fazer. Que não existe mais esperanças e apenas aflição e medo. Acho que nesses casos tão particulares, apresentar a possibilidade de atenuar o sofrimento e acelerar o seu fim é uma forma de demonstração de amor. E porque eu amo já me deparei com essas situações algumas tantas vezes. Até mesmo com alguns dos meus mais amados bichinhos de estimação. Animais verdadeiramente queridos e que faziam parte da minha vida. E a eles eu ofereci a morte porque essa era a única forma de arrancar–lhes uma dor insuportável.


Se o mal não tem cura, se não há saúde ou qualidade de vida, se a doença é mais forte que qualquer tratamento, grito que sou a favor da eutanásia.


Mas cada dia que passa eu aprendo um pouco mais sobre a vida e a morte. Por mais que concordemos com a eutanásia e decidamos que ela é infelizmente a melhor (ou única) opção, pra quem ama é quase impossível decidir pela ida do ser amado. Não é fácil, por exemplo, desligar os aparelhos que mantêm uma vida tão preciosa. Em que momento é possível realmente verbalizar a frase definitiva “pode desligar os aparelhos”? Como fazer isso? As palavras não saem. Tudo o que se deseja é que alguém venha depressa e diga que há ainda uma chance! Há ainda um tratamento não tentado! Há uma possibilidade! Tudo ainda pode ficar bem! E, caso isso ocorresse, duvido que houvesse alguém que ama que fosse capaz de decidir pala eutanásia, sabendo simplesmente que existe esperança...


Geralmente essas situações já são tão programadas e pensadas e repensadas e estudadas e esclarecidas que ninguém vem correndo e gritando esperança alguma. É quando o impossível parece ser recomeçar sem alguém que esteve ao seu lado e que fez parte crucial da sua vida.




quarta-feira, 1 de julho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009



"Toda imposição é absurda.
"


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Temperamentais



"Ela simplesmente passou do frenético ao humano. Ele não.
Eram dois tempos temperamentais, sem tempo certo ou errado, sem tempo de perceber a areia escorregando pela fresta.
Foi notada tempos depois, imovelmente do lado de cá.
Pegaram as pás para voltá-la para lá, visivelmente perturbados com a ousadia do tempo que não queria voltar.
Agora há menos tempo que a um segundo atrás...
então apressaram-se em arrumar um contratempo no restinho de tempo que teimava em acabar."


sábado, 25 de abril de 2009

Vida que dá voltas

Já estive acompanhada e me sentindo muito só.
Senti saudade de alguém que estava bem ali ao meu lado.
Tive raiva de quem me suplicava amor.
Já amei quem não se importava comigo.
Chorei em momentos que me fizeram muito feliz.
E sorri com o coração despedaçado.

Tive muitas experiências. Todas me valeram de alguma forma.
Sempre.
Os momentos mais melancólicos e conflitantes me mostraram que sou capaz de suportá-los e continuar firme e em frente.
As deliciosas alegrias que vivi se tornaram os presentes que ganhei.

Vida que dá voltas me leva a sorrir e a chorar.
Mas hoje eu tenho certeza de que os problemas passam.
(Houve uma época que acreditei que se eternizavam.)
Descobrir essa verdade foi uma das maiores felicidades, pois permitiu que eu me despisse de muita proteção.
Escudos existirão sempre. Porque eu não sou boba e sei que todos os dias temos batalhas pra enfrentar.
Porém pude me livrar de algumas armas e ficar mais leve.
Passei a conviver melhor com as pessoas. Há aquelas que me amam e que eu amo demais.
Por elas faço o que puder - tudo o que puder.

Há, na verdade, algo que eu posso garantir: sou capaz de qualquer coisa por aquilo em que acredito.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Purrrrrrrrrrrrrrrrrrrr"


Quem nunca sentiu o coração bater mais acelerado ao observar um gatinho (e aqui não me refiro apenas aos filhotinhos) brincando, se descobrindo, subindo em árvores - e nem sempre conseguindo descer sozinho - te acariciando delicadamente as pernas...


Gatos são seres únicos, muito inteligentes e perspicazes. São independentes e, por conseguinte, desfrutam da vida ao seu lado só porque assim o desejam, apenas porque se sentem bem com sua presença. Do contrário, dão no pé sem maiores delongas.


Você sabe bem o que eles estão sentindo, pois são verdadeiros e transparentes. Se não te amam, você há de ser o primeiro a perceber. Mas, se resolvem te adotar, não haverá bicho no mundo que te proporcione maior carinho e conforto!




segunda-feira, 2 de março de 2009

Optempo




"Ah, o encontro! Depois de tanta procura o encontro!

Vim pelas horas deixando tudo para trás, fechando a janela de um passado voraz. Aqui cheguei sem o peso nem mesmo de um lenço, para cometer o contra-senso de amar.

Prometo que não haverá promessa. Nem mesmo a de não te deixar jamais. Pois as cores do presente são tudo o que tenho, nada mais..."




Hora do Show!



Incomodança apresenta:

O espetáculo de dança de salão
Optempo


Sem dúvida, inesquecível.



Concentração




Alguns minutos antes do espetáculo, não sabia mais o que sentia...
Emoção, medo, aflição, ansiedade, paixão.
Mas a verdade é que, naquele momento, tudo o que queria era que aquilo passasse depressa.
Sentimento assim, demais, é difícil suportar.



"Meninas, se posicionem no palco agora! O show já vai começar!"



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Treine



"Treine, treine, treine. Perca-se nos movimentos plásticos, na arquitetura dos seus membros e no desenho dos seus movimentos."

M. A. Barcelos



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009




"Só os loucos não mudam de opinião."



domingo, 15 de fevereiro de 2009

Se...

Se eu fosse compositora, escreveria uma canção bem triste. Através das notas em harmoniosa melodia, eu expressaria o que sinto e que hoje não posso falar. Porque as palavras se esconderam de mim e eu não consigo encontrá-las.


Se eu tivesse um piano, tocaria uma música suave e melancólica. As batidas do meu coração marcariam com cautela o seu compasso regrado e criterioso. Através do som delicado da peça eu tentaria expor o que hoje eu guardo pra mim. Porque não consigo exprimir.


Se eu soubesse pintar, preencheria uma tela vazia com cores serenas. Através da mistura abstrata e confusa das tintas pálidas eu poderia revelar a conseqüência dos sentimentos que brigam dentro de mim. Porque tudo o que eu preciso é libertá-los.




terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Bagunça

Hoje não é um bom dia para falar. Apesar de haver tanto a ser dito. Mas está tudo desorganizado, embaralhado, desarranjado. É difícil descobrir como começar a colocar as palavras em ordem.

Muitas emoções misturadas, várias dúvidas reunidas, alegria e tristeza caminham juntas passo a passo, sim e não se confrontam rivais. No meio dessa confusão de sentimentos e pensamentos, só é possível agora observá-los e tentar entendê-los melhor.

Não é hora de exprimi-los, ainda não.