domingo, 28 de dezembro de 2008

Um Zouk...




Ao meu prof. Érico, obrigada por me ensinar o que hoje eu sei!



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Passado é Passado

São tolas as pessoas que ignoram o passado e vivem o presente olhando apenas para frente. O passado é um sábio professor, capaz de nos transmitir lições fundamentais para tomarmos as decisões acertadas, seja hoje, seja no futuro.

Entretanto, são tolas também as pessoas que se agarram ao passado como se ele ainda pertencesse ao agora. “O que passou, passou”, já dizia Toquinho. Boas ou más experiências de outrora hoje apenas nos servem como lembranças ou ensinamentos.

O passado é como aquele livro que podemos ler ou a pintura de um quadro que admiramos. Está ali, podemos vê-lo e interpretá-lo, mas não pertencemos a ele. A verdade é que ele é que nos pertence.

Invocar o passado e acreditar que ainda podemos vivê-lo é deixar de aproveitar o momento agora. Mais: deixar de viver o presente por causa de momentos passados é abrir mão de experiências que podem ser muito gratificantes.



domingo, 30 de novembro de 2008

Uma relação especial

Eu estou achando as pessoas, hoje em dia, muito pouco interessantes. Não que eu seja muito especial, mas as conversas são um pouco previsíveis, os comentários também. Se alguém faz uma ironia, uma piadinha qualquer, há sempre um plantonista do politicamente correto para fazer um ar de "não gostei".
No meio deste marasmo, sem sal nem açúcar, há um lugar muito especial para alguém que tem a boca suja, mente ligeira, raciocínio sagaz, língua afiada. Coração apertado, dúvidas atrozes, desejos a mil. Ou seja, um sopro de vida no meio da minha rotina. E esta vida, hoje, completa mais um ano. Quantos anos ela tem? Só Deus sabe! E espero que sejam muitos para me ajudar a vencer esta árdua tarefa que é viver. Com ela, a vida ganha um sentido mais colorido; pode até ir do cinza ao arco íris, mas tem cor!
Temos uma relação de amor profundo que ultrapassa as convenções sociais. As pessoas não entendem, e eu entendo: não é comum duas pessoas saberem dos defeitos um do outro, já terem brigado, se amado, discutido, divagado, sofrido, sonhado... e mesmo assim se querer bem. Aliás, isso é o que eu mais quero: querer bem a ela.
Se Deus existe mesmo, ele foi legal comigo, porque me fez conhecê-la. Se a sorte está do meu lado, ela dividiu seus afazeres com esta pessoa que me traz a fortuna de dizer que eu tenho alguém que realmente me quer bem.
Não vou ser cruel e pedir para você ser feliz na vida, porque esta busca é insana e impossível de obter. Mas viva a vida, apesar de tudo e todos e seus momentos de alegrias vão ser muitos. Faça deste momento, o próximo a você sentir saudades. Continue do meu lado e eu te darei um amigo fiel e leal.
Te amo batantão, viu Lívia!


Rodrigo J. N. Pinto



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Deliciosa e Inesquecível Oportunidade


Abri os olhos, não consigo mais fechar.



Uma conversa

Muitas pessoas participaram direta e ativamente da minha criação. No final das contas, a verdade é que eu tive muitos pais e muitas mães. Uns desses tantos pais que tive foram os meus avós. Agora, imagine: se a convivência entre pais e filhos pode ser tão complicada devido à distância e à divergência entre as gerações, o que dirá o convívio entre avós e neta? E se eu acrescentar que o meu avô é militar, rigoroso, forte e determinado? Será possível entender que grande (a maior) parte da minha vida foi vivida sob regras rígidas e inflexíveis. Ponto final.

Passei anos - desde muito nova, confesso - sonhando com uma liberdade que eu mesma desconhecia como seria. Mas eu a desejei intensamente e lutei com unhas e dentes por ela. Tempos delicados aqueles de luta.

O fato é que eu recebi o tão cobiçado prêmio pelo qual tanto lutei e me vi, enfim e felizmente, livre!

Passei a levar a minha vida de acordo com as minhas vontades. E apenas com as minhas vontades! Tudo agora deveria ser como eu bem queria!

Havia muito do que eu desejava fazer. Eu tinha inúmeros planos colecionados. E rigorosamente pretendia colocá-los todos em prática. As proibições de outrora eram agora consentidas por mim.

Entretanto, hoje eu enxergo um problema: se é verdade que eu me libertei do cárcere imposto pela minha educação severa, é também verdade que eu me aprisionei em outro que eu mesma construí pra mim, sem me dar conta disso.

Como eu havia dito, tudo deveria acontecer de acordo com o que eu desejava, dali em diante. E eu não pensava em permitir que fosse diferente. Assumi (ou tentei, na verdade) o domínio das coisas e descobri que tudo aquilo que fugia ao meu controle, me deixava decepcionada, irritada ou frustrada. Meus planos - dos mais simples e corriqueiros aos mais complexos - eram rígidos e inflexíveis (como eram aqueles aos quais um dia me sujeitei). Sem notar, boicotei muitos sonhos e experiências válidos pelo simples fato de eles não estarem seguindo integramente o caminho (reto) que eu havia traçado. Abri mão do que era “torto”, sem nem ao menos me permitir experimentá-lo. Me aprisionei. A maioria dos caminhos que percorremos ao longo da vida não são nem retos, nem perfeitos e nossas experiências, em geral, não saem exatamente como planejadas. Se eu abdicava disso, vivia de que? Desapontamentos, claro.

A maravilha da vida é que as pessoas estão sempre mudando. Essa é, sem dúvida, uma certeza: estamos em transformação o tempo todo. Hoje sou capaz de enxergar a prisão que eu construí pra mim e, sendo assim, sou também capaz de destruí-la! E que incrível prazer poder dizer que estou com minhas marretas em punho, com o coração acelerado e já me sinto livre de mim!

Hoje sinto uma vontade enorme de correr o mundo, de conhecer tudo, de saber das coisas, descobrir pessoas, visitar lugares, ler livros, explorar tudo o que a vida me oferece. Estou preparada para me entregar a experiências jamais vividas, "retas" ou "tortas".


terça-feira, 4 de novembro de 2008




"Não quero medir a altura do tombo."



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Liberdade

Nesse blog eu já postei algumas palavras de um escritor que me foi apresentado há alguns bons anos e que eu rapidamente aprendi a respeitar:


“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.”

(Rubem Alves)


Estava pensando que bonita é a liberdade. Mas, apesar de bonita, amedrontadora. Porque o ser que é livre pode ficar, mas também pode ir. E, quando gostamos de algo ou quando algo nos faz bem, pensamos logo em tomá-lo para nós. Guardá-lo, escondidinho, garantindo que ele nunca se vá. Que fique e nos faça bem. Nos alegre. Porém, mais gratificante do que ter o alvo de desejo aprisionado, é tê-lo livre. Porque, quando ele está liberto, sabemos que ele só está ali ao nosso lado por pura vontade própria. E isso sim é maravilhoso! Que incrível saber que aquele ser admirável deseja que também nós estejamos por perto! Quando aprisionamos, nos consumimos porque não mais sabemos se somos desejados ou se nos impomos simplesmente.

Libertar é difícil. Mas é enaltecedor. Quero sempre ter a coragem de libertar porque saberei que aquele que ficar, o fará por prazer e é isso que me deixará feliz e orgulhosa por ser querida.




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Borboletando



"O que a memória ama fica eterno."
Rubem Alves



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Reflita

As pessoas geralmente têm grande facilidade em “taxar” outras pessoas baseadas, muitas vezes, em rápidas impressões ou informações superficiais e escassas. Quem ainda não cometeu o erro deselegante de classificar alguém como “antipático”, “arrogante” ou “metido” (dentre tantas outras denominações em geral negativas) tendo como base um breve encontro ou, ainda pior, uma simples análise à distância e não descobriu, a seu devido tempo, que estava enganado?

Isso é extremamente comum, infelizmente, e pode causar males às “vítimas” que os próprios “agressores” desconhecem.

A verdade é que realmente devemos tratar o outro da maneira como gostaríamos de ser tratados. Isso resolveria muitos conflitos e problemas.

Não é nosso papel julgar pessoas, mas se não conseguimos abrir mão desse “direito”, que pelo menos o façamos sem tamanha leviandade. Basear-se, como disse, em simples suposições ou informações insuficientes é apostar na probabilidade de erro.

Na falta da certeza em relação à assertiva, calar-se é a alternativa mais sábia.




sexta-feira, 10 de outubro de 2008

And Now You're Mine






And now you're mine. Rest with your dream in my dream.
Love and pain and work should all sleep, now.
The night turns on its invisible wheels,
and you are pure beside me as a sleeping amber.

No one else, Love, will sleep in my dreams. You will go,
we will go together, over the waters of time.
No one else will travel through the shadows with me,
only you, evergreen, ever sun, ever moon.

Your hands have already opened their delicate fists
and let their soft drifting signs drop away; your eyes closed like two gray
wings, and I move

after, following the folding water you carry, that carries
me away. The night, the world, the wind spin out their destiny.
Without you, I am your dream, only that, and that is all.


Pablo Neruda


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Você

Há muitos anos nos conhecemos, mas preciso lhe dizer que não fiquei feliz em lhe encontrar. Jamais me esquecerei de quão intensa foi a sua presença na minha vida desde o primeiro momento em que nos fomos apresentados. E também como incomodada eu fiquei com cada aproximação sua.

Você esteve sempre ali a me cercar. Entrava e saía ano, você sempre deu um jeito de aparecer. Nem sei mais dizer quantas vezes eu ordenei para que você fosse embora e me deixasse livre. Já esbravejei com você, já chorei por você, já gritei e lhe insultei. Mas nunca nada disso foi suficiente para fazê-lo desaparecer enfim.

Amaldiçoei a sua existência inúmeras vezes e amaldiçoada acreditei que eu estivesse porque nunca consegui que efetivamente você me deixasse. Você fez sempre parte de mim e da minha vida. Ironicamente, esteve comigo em momentos importantes e inesquecíveis. Segurou com firmeza a minha mão e me fez companhia quando eu perdi amigos queridos. Ofereceu-me o ombro generosamente a cada descompasso que eu vivenciei. Ninguém esteve tão perto de mim como você esteve, cada vez que eu fracassei. E, apesar de toda a sua dedicação por mim, tudo o que eu rogava era que você sumisse!

Você seria capaz de se lembrar das vezes em que cruelmente debochou de mim? Pois eu me lembro de cada uma delas. É bem provável que você já tenha se esquecido. Dizem que as marcas ficam é naquele que padece. Em momentos em que eu depositei toda a minha crença em um projeto, uma parceria, uma vitória ou um amor e fatalmente fracassei, era a sua gargalhada sádica que me torturava. Era nítido que você se divertia com a minha aflição. E também por isso o odiei.

Entretanto, hoje eu preciso confessar-lhe algo. Foi preciso uma boa dose de maturidade e percepção para que eu pudesse constatar - com espanto - o que eu devo lhe dizer agora: apesar de a vida ser sempre muito melhor e mais agradável sem que você apareça e embora eu me sinta tão mais alegre quando você não está comigo, foi graças à imposição dos seus ensinamentos que eu aprendi a crescer. Foi por sua causa que eu precisei me fortalecer e encarar os desafios de frente e com firmeza. Aprendi a enxugar as lágrimas, a me reerguer, a recomeçar, a enfrentar. Aprendi, inclusive, a vencer. E é por tudo isso que eu hoje te agradeço, sofrimento.


domingo, 28 de setembro de 2008



“Há um tal prazer nos bosques inexplorados;
Há uma tal beleza na praia solitária;
Há uma sociedade que ninguém invade
Perto do mar profundo e da música do seu bramir:
Não que eu ame menos o homem,
Mas amo mais a Natureza.”

Lord Byron


sábado, 27 de setembro de 2008

Apaixonar-se é se arriscar

Não creio que haja relação mais arriscada que aquela existente entre dois apaixonados. No início, os encontros costumam ser um sonho. Descobre-se um pouco mais sobre o parceiro diariamente. É uma delícia entrar, devagar, um na vida do outro. Há tantos mistérios, tanta magia, tanto a ser vivido! A paixão invade a vida de ambos e muda a rotina e os hábitos. Um vive pelo outro, respira o outro. Há uma sede em entender aquela pessoa, descobri-la e, acima de tudo, conquistá-la. É importante que ela sinta o mesmo desejo, a mesma paixão. Assim ninguém está sozinho. Cada um expõe o seu melhor lado, as suas qualidades, todo o carinho e o romantismo que tem para oferecer e o fará com fartura. Dia a dia vê-se que ambos se envolveram e decidiram compartilhar sonhos, expectativas, experiências, intimidades e a própria vida.
Não demora muito para aquelas pessoas, que outrora nem se conheciam, se tornarem tão importantes uma para a outra que, mais que namoradas, elas se tornam grandes amigas. Afinal, é aquela pessoa quem mais participa de tudo o que cerca a vida do outro, é com ela que as idéias são trocadas e os problemas são divididos, é ela quem dá consolo quando algo não vai bem, é com ela que se deseja passar a maior parte do tempo livre.
O tempo transforma dois em quase um. E isso traz uma satisfação muito grande. Sentimos que estamos completos e protegidos. Sentimo-nos confortáveis. A relação gostosa abre espaço para o compartilhamento, cada dia mais intenso, de muitas coisas que um dia foram tão particulares. Compartilham-se os dias, a casa, o quarto, a cama, os planos, os medos, as alegrias, o certo, o incerto, tudo. À medida que a relação fica mais séria e duradoura, mais a vida de um se torna a do outro.
Entretanto, o tempo trás também problemas. E, mais que nunca parceiros e cúmplices, o casal tem que aprender a lidar com os infortúnios e adversidades que vão surgindo. Deve-se saber lidar com a rotina, com os defeitos do outro, com os tantos e diferentes transtornos que fatalmente acontecem.
Alguns casais aprendem a lidar com os tropeços ao longo do caminho e até crescem com eles. Mas infelizmente a maioria dos enamorados se enfraquece a cada dificuldade que surge. Enfrentam um, outro e mais outro. Mas logo estão cansados demais. A cobrança de um com o outro surge implacável. E também muitas implicâncias. Muitas vezes aquela característica que encantava no início do relacionamento, hoje incomoda. Aquele defeito engraçadinho que fazia esboçar um sorriso no rosto, hoje irrita. As novidades foram substituídas pela rotina maçante. Pequenas discussões logo se tornam brigas sérias e os problemas tendem a crescer gradativamente, pois vão ficando sem resolução.
Um dia se olham e não mais se reconhecem. Sentem tanta falta um do outro e dos momentos em que eram felizes, mas o outro não parece estar mais ali. Em busca daquela felicidade vital que um dia já sentiram, os não mais apaixonados muitas vezes se afastam. E saem à procura de talvez um outro alguém que possa assumir o papel desempenhado de forma brilhante pelo velho parceiro, no início do relacionamento. Mas é quando se vêem mais perdidos. Porque devem abrir mão de uma pessoa que invadiu a vida, marcou presença e deixou rastros da estada em todos os lugares para onde se olhar. Mas principalmente dentro do coração. E abrir mão da presença cotidiana de alguém que um dia proporcionou tamanha satisfação, torna-se uma luta árdua. Ainda que se entenda que o momento do amor já passou.


domingo, 21 de setembro de 2008

Minha Nova Paixão

The Lake House




segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chove


"Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove e chove"