terça-feira, 25 de maio de 2010

Definitivo

"Pra sempre" ou "nunca mais" é tempo demais. Quem pode jurar ou prometer algo que dure tanto? Afinal, já proferia o sábio poeta: infinito apenas enquanto durar.
Por mais desejo que exista, por maior que seja a garra, o amor ou mesmo a ira, quem pode assegurar que algo é ou não é "para sempre"?
Com exceção da morte que é realmente definitiva, só no fim - no fim mesmo - da vida é que cada um poderá afirmar com alguma propriedade aquilo que foi ou que não foi (e nem há de ser) eterno.



segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que seria de mim sem os animais?


Gordo, 7 meses de idade


Pelo que eu lutaria?

Quantos sorrisos verdadeiros eu distribuiria em um dia?
Quanto amor eu receberia?

Ah, se eu pudesse verdadeiramente fazer pra vocês todo o bem que fazem pra mim...



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Pedaço

"Quanto tempo o coração leva pra saber que o sinônimo de amar é sofrer?"

"I don´t think that I can take it anymore... this crazy war."

"Tudo o que quer me dar é demais, é pesado, não há paz."

"Tudo o que quer de mim irreais expectativas desleais."

"É só isso. Não tem mais jeito. Acabou. Boa sorte."


"Habla me. Quere me. Es un amor possibile."

"Quem ama nunca sente medo de contar os seus segredos."


"Ninguém sabe dizer onde a felicidade está."

"O amor é feito de paixões e quando perde a razão não sabe quem vai machucar."

" No me ames porque estoy perdido, porque es el destino, porque no se puede."

"I can´t forget this evening or your face as you were leaving."


"Since you went away there´s nothing going right."

"I´m sorry but I've been really missing you."

"Quantos segredos traz o coração de uma mulher?"


"Meu coração faz chica chica boom chic."

"I'm very sure this never happened to me before."

"Right beside you is where I belong from this moment on."

"O sinônimo de amar é amar."



quarta-feira, 17 de março de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Menina dos olhos


Menina de olhos grandes, atrevidos.

Às vezes tenho que lembrar-me do que lhe aconteceu para acreditar. Eu esqueço o tempo todo. E me assusto quando recordo.

Onde eu estava quando esses olhos perderam o brilho?


Menina de olhos pintados, arrogantes.

De tão menina que é, acha que é dona do mundo. Dona da verdade, dona de seu próprio destino. Desafia a tudo com seus olhos insolentes.

Onde eu estava que não percebi o risco que você corria?


Menina de olhos atentos, furiosos.

Olhos tão parecidos com os meus, um dia. Destemida, encara a vida com desdém. Como se jamais pudesse perder o jogo.

Onde eu estava que não lhe ensinei aquilo que já havia aprendido?


Menina de olhos tristes, sombrios.

Permite ser levada pelo vento e com ele vai. Esquece o caminho de casa e nem parece se importar. Vai para nunca mais voltar.

Onde eu estava que não lhe provei que as coisas podiam melhorar?


terça-feira, 12 de janeiro de 2010



"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".


Carlos Drummond de Andrade



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Intensivet - Núcleo de Medicina Veterinária Avançada



Harry Potter, macho, 3 aninhos de idade

Esse é o Harry Potter, um Lhasa Apso delicioso que chegou no hospital hoje pela manhã com quadro de vômito e prostração. Agora ele está sendo medicado e muito bem tratado pra sair o mais rápido possível de lá!
Adoro cãezinhos perto de mim, mas adoro mais ainda quando estão fora do hospital e esbanjando saúde! E, se eu pude contribuir com toda a sua vitalidade, o mínimo que eu fico é muito orgulhosa!
Esse paciente é muito importante, pois além de pertencer a um grande amigo e sua esposa super gracinha, é o PRIMEIRO PACIENTE DO INTENSIVET!
Abrimos as portas! Estamos funcionando! Que alegria!





quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

E o ano novo bate à porta... 2010, seja bem vindo!


"Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente..."





"Saber o que é certo e não o fazer é a pior covardia."

Confúcio



domingo, 27 de dezembro de 2009

Chame de perda, morte, luto. Chame do que quiser.


Disseram-me uma vez que a dor de uma pessoa que enfrenta uma perda importante passa por cinco fases distintas. A primeira delas, a negação: é impossível acreditar na perda. Ela definitivamente não ocorreu. “Isso não pode ter acontecido comigo!” A vítima do luto o nega com veemência. Evita, foge, se esconde, ignora ou tenta ignorar aquela dor lancinante. Porém, num dado momento, parece que se torna impraticável fingir que a perda não aconteceu. Ela está ali: tão presente, tão viva, tão imponente.

O sofredor passa a negociar com a perda e aí começa a segunda fase do luto: a barganha. Implora-se por um pouco mais de tempo, uma nova chance, quem sabe apenas mais um dia. Tudo o que se tem de mais valioso é oferecido, na tentativa de seduzir a perda a proporcionar-lhe mais uma oportunidade de viver a vida simplesmente como ela era antes de ser violentada. Só mais uma chance. Mas a perda egoísta e opressora não aceita nada. Na verdade, ela não precisa de mais nada. Ela possui a sua vítima por completo, agonizante na sua dor.

É nítido o poder da perda sobre sua vítima. E esta percebe a sua vulnerabilidade diante de tamanha tirania e arbitrariedade imposta pelo luto. O oprimido se vê diante da sua própria fraqueza e impotência. Nesse instante, fatalmente começa a terceira fase do luto: a raiva. Esse sentimento apossa e consome seu refém. Ele odeia o que lhe aconteceu. Abomina a amargura que sente, a novidade tão indesejada, essa visita malquista da morte de algo ou alguém que tanto amava. Ele maldiz todos os acontecimentos que a antecedem, culpando cada um deles pela perda imposta. Hostiliza o dia, ressente-se de ter se levantado da cama, sente uma ira que cega e imobiliza. Esse ódio vai lentamente desgastando a sua energia, lhe massacrando. Num momento o opresso cai cansado e se depara com a quarta fase da perda: a depressão.

Agora ele convive com o seu algoz, sabe que não adianta negociar com a perda porque ela já faz parte da sua vida e não pretende deixá-lo. Entende que nenhuma luta será capaz de mudar esse fato. Ele está diante de uma realidade imutável e se entrega definitivamente à sua dor. Vive dia a dia a miséria do luto. A morte é tão real que não é mais cabível viver sem a sua presença obscura.

Um dia o impotente escuta que a quinta fase da perda é a aceitação. Aprende-se a viver com a morte e a ausência daquele amor que outrora existiu, sem que isso cause tanta angústia, tanto pesar. Agora, já cansado e entregue, o dominado se pergunta, infelizmente descrente, mas ao mesmo tempo tão desejoso pela chegada dessa fase de paz: “será que serei capaz de aceitar?”




sábado, 26 de dezembro de 2009




"Que o seu sim seja sim

E o seu não, não."



sábado, 12 de dezembro de 2009

Ser feliz é tudo o que se quer

Quando criança, eu brincava com os meus primos de Banco Imobiliário, Jogo da Vida ou outros desses joguinhos ou brincadeiras nas quais acabamos imaginando e idealizando o nosso futuro e eu sempre dizia que me casaria aos 21 anos. Logo depois teria um casal de filhinhos. Com alguma sorte do destino eles seriam gêmeos. Minha avó teve gêmeos, por isso a chance de eu também ter era alta. Meus sonhos eram possíveis, ora! Eu me tornaria uma profissional respeitada e muito bem remunerada; na época eu queria ser professora porque adorava imitar as professorrinhas do colégio. A vida parecia que aconteceria tão fácil! Lembro até que eu dizia que meu carro seria uma BMW! Êta tempo maravilhoso esse em que a gente tem certeza de um futuro tão certeiro e brilhante!
Hoje eu me lembro disso com um sorriso nos lábios. Ora um sorriso maroto me deliciando com as idealizações da criança que um dia eu fui, ora um sorriso mais melancólico, quando vejo que a vida não aconteceu tão simples como eu supunha.
Hoje eu sou veterinária e estou satisfeita com a profissão que escolhi. Ela combina comigo e com o meu amor quase inexplicável pelos animais. Existem sempre muitos obstáculos, mas sigo bem o caminho que escolhi. Agora, aliás, estou melhor do que nunca! Logo abrirei meu próprio hospital veterinário! Eu que até outro dia “babava” assistindo aos “Plantões Veterinários” no Animal Planet, impressionada com a atuação prodigiosa dos veterinários e com os hospitais onde eles trabalhavam.
Não estou casada, mas quanto aos filhos, já tive muitos! Uns já me deixaram - infelizmente - e hoje são uma lembrança gostosa de ter; outros enriquecem a minha vida e a tornam diariamente especial. Minhas três gatinhas queridas, muito importantes pra mim. Um “neném humano” eu ainda não tive e como posso eu, hoje, dizer se algum dia terei? Não sei! O tempo me dirá.
Todos os dias (verdade que uns menos, outros bem mais) eu luto pela minha felicidade. Valorizo as pessoas que amo e que me amam também, busco ser uma profissional cada dia mais capacitada, invisto naquilo que já conquistei, trabalho para me tornar alguém sempre melhor. Quero ser feliz e, assim, fazer outras pessoas felizes também.


domingo, 4 de outubro de 2009

Mágica

Imagem capturada por Homero Bittencourt: fotógrafo, artista e mágico.


Acho a fotografia um recurso mágico. Momentos simples e rotineiros que muitas vezes passam despercebidos são congelados e se tornam maravilhosos. E, para sempre, aquilo que parecia tão corriqueiro se transforma em uma verdadeira obra de arte.



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É isso mesmo?

- "Elas tinham o direito de quebrar as suas pernas quando elas quisessem."

- "Professor, você ouviu o que você acabou de dizer? Elas tinham o direito de quebrar as minhas pernas quando elas quisessem?"

- "Ouvi."

- "Essa sua frase não está soando esquisito? Elas tinham o direito de quebrar as minhas pernas quando quisessem? Você ouviu bem o que você me disse?"

- "Sim."

- "Elas tinham o DIREITO de QUEBRAR as MINHAS PERNAS quando elas quisessem?"

- "É isso mesmo."

- "Tá..."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

um dia de cada vez



"Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam
E essa abstinência uma hora vai passar"